Na rua não era diferente, qualquer pessoa que passasse por mim era para me perseguir, achava que sempre que entraria no ônibus ele estaria para ser assaltando, e que alguém pessoa que entrasse era suspeita, coisas assim. Cheguei até perder dois empregos por causa da síndrome do pânico, uma lá no shopping, o ponto de ônibus era longe e que ouvia muitos comentários sobre assalto da rua que eu ia buscar o ônibus, por isso eu subia aquela ladeira correndo e chegava a perder todas as forças e fôlego, achava que morria ali e que ninguém me ajudaria. O outro foi por que eu chegava a casa quase meia noite e meu esposo não estava, achava que alguém estria me esperando no meio do caminho de uma casa para outra. Horrível que até de me lembrar me apavora.
Quantas e quantas crises que eu passei por causa dessa doença.
Muitas vezes eu procuro esconder das minhas recaídas para o meu esposo, quero poupá-lo, que eu tenho medo que ele me deixe e que ache que eu tenha muita frescura, mais eu preciso dele por que ele foi a única pessoa que me deu as mãos nos meus momentos mais difíceis, e ele já me viu em péssimas crises. Ele é um anjo que Deus enviou em meu caminho para que me ajudasse a encontrar a um, e eu sei que um dia irei achar essa tão esperada luz.
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