domingo, 28 de outubro de 2007

Domingo: O dia do Sabá?


A Base Histórica Ao longo da história do Novo Testamento, o Domingo tem sido um dia importante para a igreja. Desde que Jesus ressuscitou no Domingo pela manhã, os cristãos consideram o Domingo como um dia especial. Isto era evidente mesmo antes da Bíblia ser completada, como indicado no capítulo 20, versículo 7, do Livro dos Atos, em que está registrado que a Igreja se reuniu em Troas, no primeiro dia da semana e Paulo pregou á congregação. A evidência histórica indica que no início a Igreja considerava o Domingo o dia sagrado. Por exemplo, um escritor da história da Igreja relata que Origen, que foi pastor da Igreja em Alexandria, durante o Século Três depois de Cristo, escreveu:Portanto, deixando de lado as observações judiciais, vejamos como se procede a observância do Dia Sagrado para o cristão. O dia sagrado determina que nenhum trabalho mundano deve ser realizado. Se então você cessa de todo emprego secular e não faz nada mundano ficando livre para ocupações espirituais, vai à igreja, ouve a leitura da Palavra de Deus, pensa sobre coisas divinas, preocupa e espera o futuro, têm diante de seus olhos o julgamento próximo e não se importa com as coisas presentes e visíveis, mas com as coisas invisíveis e futuras, esta é a observância do Domingo sagrado do cristão.(Citação tirada de H.J.W. Legerton, F.C.A., “O Dia Sagrado do Senhor”, A Sociedade de Observância do Dia do Senhor, Inc., Londres,página 4.). Neste estudo, aprendemos que a Igreja do tempo de origen teve ampla sustentação bíblica para chegar a essa conclusão. Contudo, por séculos seguidos, a Igreja tornou-se crescentemente confusa em relação ao pensamento bíblico ao considerar o Domingo como o dia sagrado do Senhor. No entanto, antes da Segunda Guerra Mundial, os cristãos consideravam o Domingo um dia para se praticar apenas atividades extremamente indispensáveis. Na maioria das comunidades todos os estabelecimentos comerciais eram fechados aos Domingos, obrigando os ímpios ou incrédulos a reconhecerem esse dia como especial.

Era um dia em que grande parte das igrejas realizava serviços de veneração durante todo o dia, enfatizando, assim, que o dia inteiro deveria ser considerado santo. Porém, durante os últimos 50 anos, e até antes disso, a observância do Domingo como um dia especial vem sofrendo crescentes ataques. A base bíblica para se observar o Domingo como um dia especial mostrou-se muito fraca. Enquanto nove mandamentos de Decálogo são reiterados no Novo Testamento como válidos em nossos dias, o quarto mandamento não podia ser biblicamente reforçado, pois era uma lei do Antigo Testamento que dizia ser o sétimo dia da semana, Sábado, um dia de descanso total.Mas a observância de um dia de repouso total não foi ordenada depois de nosso Senhor ter retornado ao céu. Portanto, a Igreja principalmente durante a última parte da era do Novo Testamento, tem vivido um dilema. As congregações entenderam claramente que sob nenhuma circunstância o Sábado era o dia especial. Com poucas exceções, a igreja corretamente entendeu que de algum modo, o Sábado sagrado do Antigo Testamento estava relacionado ao retorno do Messias. Depois que Cristo veio e derramou Seu sangue, os cristãos não mais tiveram que observar o Sábado como um dia santo. Porque Cristo ressuscitou em um Domingo de manhã e porque a congregação da igreja em Troas reuniu-se aparentemente para partir o pão no primeiro dia da semana (Atos 20:7), porque ofertas deveriam aparentemente ser recolhidas no primeiro dia da semana (I Coríntios 16:1), a Igreja do Novo Testamento observou o Domingo como um dia especial de veneração. No que se refere a como observar o Domingo como um dia santo especial, não existia nenhuma resposta sólida disponível. Geralmente, existia um acordo entre os interessados que haveria um dia em que todas as atividades do trabalho quotidiano seriam suspensas. Alguns até demonstraram que guardariam o Domingo, como os cristãos do Antigo Testamento, guardavam o Sábado do Sétimo dia. Isto é, eles nem mesmo cozinhariam alimentos aos Domingos, os filhos seriam proibidos de brincar, etc. Com base na descrição encontrada no Novo Testamento, dos discípulos colhendo milho no Sábado sagrado, e no fato de que Jesus repetidamente curou no Sábado sagrado, houve o acordo de que Deus estava indicando que trabalhos essenciais poderiam ser realizados no Domingo. Deste modo, médicos e enfermeiros poderiam trabalhar, a farmácia da cidade poderia ser aberta por algumas horas, mas atividades que pudessem esperar até Segunda-feira não seriam realizadas. Durante os últimos cinqüenta anos, a observância do Domingo como um dia santo especial entrou em decadência. O Domingo se tornou um dia para fazer compras, para a busca do prazer, para os jogos de futebol, e para realizar qualquer coisa que não pode ser feita nos outros seis dias da semana.“A Perspectiva Contemporânea” Para contribuir com essa decadência, muitas igrejas começaram a oferecer cultos no início da manhã, além de cancelar o culto noturno. Muitas igrejas, que continuaram abrir suas portas à noite começaram a oferecer entretenimento musical ou filmes, ao o invés da celebração habitual. Infelizmente, estava difícil deter essa decadência pois, aparentemente, não existiam respostas disponíveis em relação à observância bíblica correta do Domingo. Constantemente, ouvir-se-ia o argumento que nós não estamos mais sob a lei, mas estamos sob a graça de Deus. Portanto, já que a observância do Sábado do Sétimo dia era parte da lei do Antigo Testamento, nós não precisamos lhe dar qualquer atenção, e no que diz respeito a esse assunto, não precisamos obedecer a qualquer lei relativa à observância do Domingo. Infelizmente, também, teólogos e estudantes da Bíblia não se empenharam em procurar com mais cuidado do que eles já fizeram, esforçando para compreender e solucionar algumas de suas dúvidas sobre a doutrina bíblica. Se assim o tivessem feito, eles entenderiam que os problemas relativos à observância do Domingo não eram causados por aparentes ambigüidades na Bíblia, mas, ao contrário, todos eles se originaram de uma tradução muito pobre da palavra “Sabá”, como acontece nos textos gregos (Textus Receptus- TR) linguagem do Novo Testamento,assim como no Inglês Revisado –NT (1881-82),também chamado de Westcott-Hort, como Eberhard Nestle Text (1898, 1963). Portanto, neste estudo, nós tentaremos corrigir esse assunto, examinando, cuidadosamente, como Deus usa a palavra “Sabá”. Assim, chegaremos a uma compreensão mais clara de que tipo de dia santo o Domingo realmente é. O fato de encontrar imperfeição em sua tradução nos remete a reafirmar, em primeiro lugar, que a Bíblia é infalível e que,portanto, não está sujeita a correções nos manuscritos originais.


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