terça-feira, 30 de junho de 2009

Jean Charles

Jean Charles de Menezes (Gonzaga, 7 de janeiro de 1978Londres, 22 de julho de 2005) foi um emigrante brasileiro confundido com um homem-bomba e morto no metrô de Londres com oito tiros à queima-roupa, por forças da unidade armada da Scotland Yard britânica, SO19.

"Santuário" de Jean de Charles de Menezes, na entrada da estação de Stockwell
Jean vivia há três anos no sul da capital inglesa e, segundo as autoridades, foi confundido com um terrorista árabe que teria participado dos atentados da véspera, contra ônibus e estações do metrô de Londres. O erro foi admitido pela Scotland Yard, que informou que o brasileiro não tinha nenhuma relação com qualquer grupo terrorista. Segundo ela, o acidente ocorreu porque o brasileiro se recusou a obedecer às ordens de parar, dadas pelas autoridades.
No entanto, as investigações da Comissão Independente de Investigação de Queixas da Polícia (CIIQ, em inglês) revelaram que Ian Blair, chefe da Scotland Yard, tentou impedir que a morte de Jean Charles fosse investigada.
O jornal britânico The Observer, em sua edição do Domingo, 21 de agosto de 2005, revelou que os três agentes que vigiavam Jean Charles não estavam armados nem uniformizados e não consideravam o brasileiro uma ameaça ou suspeito de portar armas ou bombas e só tinham a intenção de detê-lo. [2] No entanto, estes homens tinham ordens de ceder o controle da operação a grupos especiais das forças armadas (SAS[3]), caso estes interviessem. Os militares consideraram Jean uma grave ameaça e seguiram seu modus-operandi - atirando a matar.
O primo de Menezes, Alex Pereira, que morava com ele, afirmou que Menezes foi baleado pelas costas.
Segundo a Agência Brasil, o Ministério das Relações Exteriores publicou uma nota oficial na qual afirmaram que o governo brasileiro ficou "chocado e perplexo" ao tomar conhecimento da morte do brasileiro, "aparentemente vítima de lamentável erro".
Em nota oficial, o Ministério das Relações Exteriores afirmou que "o Brasil sempre condenou todas as formas de terrorismo e mostrou-se disposto a contribuir para a erradicação desse flagelo dentro das normas internacionais", e que aguarda explicações das autoridades britânicas sobre as circunstâncias da morte de Jean Charles.
Em 16 de novembro, o jornal Daily Telegraph publicou uma reportagem acusando a polícia britânica de utilizar munição de ponta oca, conhecida como dundum, para matar Jean Charles. O armamento foi proibido pela Convenção da Haia de 1899, por motivos humanitários (o projétil se estilhaça dentro do corpo do indivíduo atingido, provocando dores lancinantes, o que normalmente não acontece com uma bala comum).

2 comentários:

Aninha disse...

Minha Lindinha!
Se a vida lhe der 1000 motivos para chorar, mostre a ela que voce tem 1001 motivos para sorrir!!!
Sorria, sorria isso contagia!!!
1002 Bjinhos no coração.
(",)\
./♥\.
_| |_ Aninha.

Muito triste!!!

Abraão Martins disse...

Só faltou o link pra cópia piratinha gatinha =)