quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Uma Nordestina em São Paulo – Parte 6



Acho que vou criar um livro...quando eu fui embora para Sampa, procurei não falar para ninguém, apenas para minha família. Não cheguei a me despedir do meu pai, ele havia se mudado e eu ainda não sabia a rota dele.
Júnior (meu irmão), não morava conosco, estava em uma apartamento. Liguei para o trabalho dele e avisei que estava indo embora e que contava com ele na minha despedida na rodoviária. Me lembrando disso daquela cena, eu fico emocionada pois era a ultima vez que eu via a minha tia Ré, Eliane, Aline e meu irmão na rodoviária. Acho que duramente a minha longa viagem para Sampa fiz uma respropectiva da minha vida. Em momento algum estava arrependida, e nem fui pessimista, ao contrario estava bem otimista.
Estava ansiosa para chegar nos braços do Caio, mais até a Bahia era só pensar em todos da minha família, no segundo dia de viagem já estava acostumada ao banco duro do ônibus, de tomar banho nas rodoviárias e de comer besteira.Ligava para o Caio de manhã, tarde e de noite...as vezes de madrugada, por que ele queria Ter noticias minhas e saber como estava a viagem.
Conheci algumas pessoas, afinal de contas 3 dias em silencio é ruim, atrofia as cordas vocais. (risos).
Até parecia que a viagem era só na Bahia e Minas Gerais, mais foi legal pisei no solo mineiro e achava muito estranho os sotaques e o jeito deles falarem.
Quando eu desembarquei em Sampa, o Caio estava na grade verde (no terminal do Tietê), me esperando. Eu bem que poderia ir de avião, mais todo o dinheiro eu havia mandado para ele compras as nossas coisas, moveis etc...
Eu acabei ficando mais magra por que não é fácil ficar um bom tempo sentada, dormindo mal, comendo mal, tomando banho em menos de 20 minutos...mais valeu tudo o esforço, estava nos braços do meu amado, que me recebeu feliz e sorridente naquela rodoviária.
Assim que pegamos o ônibus para ir para a nossa casa (no bairro de Interlagos), conversamos muito e matamos a nossa saudade que era muita. A casa era de fundos já no bairro mais “feinho”, mais era só temporário até estabilizar mesmo. A entrada da casa era a cozinha, a sala um cubículo e o quarto mais ou menos grande; mais estava arrumada. Móveis de segunda mão, nada era novo... mais foi tudo rápido, em menos de 1 mês estávamos nos organizando. Por que o Caio foi embora no final de outubro, e no meio de dezembro estava viajando, muito rápido, não dava tempo de comprar coisas novas.
Depois tem mais...bjus

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